“Os seres
humanos desenvolvem-se e aprendem em interacção com o mundo que os rodeia. A
criança quando inicia a educação pré-escolar já sabe muitas coisas sobre o
“mundo”, já construiu algumas ideias sobre as relações com os outros, o mundo
natural e construído pelo homem, como se usam e manipulam os objectos.
(…)
Enraíza-se na curiosidade natural da criança e no seu desejo de saber e compreender
porquê. Curiosidade que é fomentada e alargada na educação pré-escolar através
de oportunidades de contactar com novas situações simultaneamente ocasiões de
descoberta e de exploração do mundo.” (Orientações Curriculares, 1997, pág. 19)
Nesta área é
inevitável a abordagem às ciências, desde geografia, geologia, a física,
meteorologia ou até mesmo história. Constrói ideias prévias sobre as relações
com os outros: sobre o mundo natural e construído pelo homem; sobre como se
usam e manipulam os objectos (desenvolvimento do ser humano no mundo). A
sensibilização às ciências deve partir dos interesses da criança, do seu desejo
de saber mais: interrogação sobre a realidade, colocar problemas e procurar
soluções (base do Método Científico).
O Jardim-de-infância
deve possuir materiais para que a criança explore estas áreas, contudo, caso
isso não seja possível, a instituição deve estabelecer boa relação com a
comunidade de forma a poder usufruir, por exemplo, dos recursos de escolas
próximas.
Esta fase tem
uma certa facilidade em ser abordada na medida em que, todas as crianças,
enfrentam a fase dos porquês; um desejo natural de saber a razão de tudo à sua
volta em que a resposta surge através de oportunidades de contactar com novas
situações.
A fantasia das
crianças permite-lhe só acesso a “realidades” que não se limitam ao mundo
próximo. Tomar como ponto de partida o que as crianças sabem, pressupõe que
também esses saberes deverão ter tido em conta e que a educação pré-escolar,
bem como outros níveis de ensino, não os poderão ignorar.
Um dos
objectivos principais é a tentativa de compreender e dar sentido ao Mundo;
partindo da curiosidade e do desejo de saber das crianças: com finalidade de
desenvolvimento das ciências, técnicas, artes, desenvolver formas elaboradas do
pensamento, e até mesmo, a abertura a novos horizontes.
O educador
tem um papel importante na selecção dos assuntos a abordar, bem como na forma
como estes se devem desenvolver, sistematizar, registar e avaliar, no entanto,
essa selecção deve funcionar também de acordo com a decisão da criança.
O que se
pretende é que as crianças absorvam nesta fase é a capacidade de observar, o
desejo de experimentar, a curiosidade de saber e a atitude crítica.
Bibliografia
Ministério da Educação, Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar, 1997
Ministério da Educação, Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar, 1997
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