sábado, 27 de agosto de 2011

Educadores...construtores de vidas.


Um velho carpinteiro estava pronto para se aposentar.
Ele informou ao seu chefe, o seu desejo de sair da indústria de construção e passar mais tempo com sua família. Ele ainda referiu que sentiria falta do salário, mas realmente queria se aposentar.
A empresa não seria muito afectada pela saída do carpinteiro, mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário a sair e pediu ao carpinteiro para trabalhar em mais um projecto como um favor.
O carpinteiro concordou, mas era fácil ver que ele não estava entusiasmado com a ideia.
Ele prosseguiu fazendo um trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.
Foi uma maneira negativa dele terminar sua carreira. Quando o carpinteiro acabou, o chefe veio fazer a inspecção da casa. De seguida entregou a chave da casa para o carpinteiro e disse:
“Esta é a sua casa. Ela é o meu presente para você”.
O carpinteiro ficou muito surpreso. Que pena! Se ele soubesse que ele estava construindo sua própria casa, ele teria feito tudo diferente.
O mesmo acontece connosco. Nós construímos a nossa vida, um dia de cada vez e muitas não investindo o máximo possível na construção.
Depois com surpresa, descobrimos que até precisamos viver na casa que nós construímos.
E apenas aí reflectimos: se nós pudéssemos fazer tudo de novo, faríamos tudo diferente.
Mas não podemos voltar atrás.
Tu és o carpinteiro.
Todos os dias martelas pregos, ajustas tábuas e constróis paredes.
Alguém disse que “A vida é um projecto que você mesmo constrói”.
As atitudes e escolhas de hoje, constroem a “casa” em que moramos amanhã.
Constrói com Sabedoria!
Pr Valtair Freitas

Nós educadores somos construtores de vidas, mas às vezes nem nos apercebemos disso e fazemos o nosso trabalho assente na banalidade e na superficialidade.  Pela dignidade da nossa profissão, mas essencialmente, pela importância que ela merece, vamos todos tentar ser os melhores profissionais e ajudar construir bons cidadãos.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dicas para os Pais


Como o novo ano escolar está a chegar , aqui vão umas dicas importantes escritas por Eduardo Sá   mas que eu subscrevo na totalidade:


·         1. “Proibido insultar o jardim-de-infância chamando-lhe “escolinha”. Em primeiro lugar, porque é uma escola. Em segundo, porque todas as escolas ganhavam se ligassem Brincar com aprender.
·         2. É proibido que os pais imaginem que o jardim-de-infância serve para aprender a ler e contar. Ele é útil para aprender a descobrir os sentimentos. Para aprender a imaginar e a fantasiar. Para aprender com o corpo, com a música e com a pintura. E para brincar. Uma criança que não brinque deve preocupar mais os pais do que se ela fizer uma ou outra birra, pela manhã ao chegar.
·         3. O jardim-de-infância assusta as crianças sempre que os pais – como quem sossega nelas os medos deles por mais um dia de jardim-de-infância - lhes repetem: ” Hoje vai correr tudo bem!”
·         4. Os pais estão proibidos de despedir-se muitas vezes das crianças, ao chegarem todos os dias. E é bom que se decidam: ou ficam contentes por elas correrem para os amigos ou ficam contentes por elas se agarrarem ao pescoço deles, com se estivessem prestes a ser abandonadas para sempre.
·         5. É proibido que as crianças vão dia-sim dia-não ao jardim-de-infância. E que vão, simplesmente, quando os seus caprichos infantis vão de férias. E que não vão ” só porque sim”. O jardim-de-infância não é um trabalho para os mais pequenos. É uma bela oportunidade para os pais não se esquecerem que se pode amar o conhecimento, namorar com a vida, nunca ser feliz sozinho e brincar, ao mesmo tempo.
·         6. No jardim-de-infância não é obrigatório comer até à última colher; nem dormir todos os dias. E não é nada mau que uma criança se baralhe e chame pai/mãe ao educador/a (ou vice-versa).
7. Os pais estão obrigados a estar a horas quando se trata duma criança regressar a casa. Prometer e faltar devia dar direito a que os pais fossem sujeitos classificados como tendo necessidades educativas especiais.
·         8. Os pais não podem exigir aos filhos relatórios de cada dia de jardim-de-infância. Mas estão autorizados a ficar preocupados se as crianças forem ficando mais resmungonas, mais tristonhas ou, até, mais aflitas, sempre que regressam de lá. E estão, ainda, autorizados a proibir que o jardim-de-infância só se abra para eles durante as festas.
·         9. O jardim-de-infância é uma escola de pais. E um lugar onde os educadores são educados pelas crianças. Um lugar onde todos se educam uns aos outros não é uma escola como as outras. É um jardim-de-infância.
·         10. Um dia, num mundo mais amigo das crianças, todas as escolas serão jardins-de-infância!”






Eduardo Sá


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Importância do Jardim de Infância




Quando me virem a montar blocos
A construir casas, prédios, cidades
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender sobre o equilíbrio e as formas
Um dia, posso vir a ser engenheiro ou arquitecto.

Quando me virem a fantasiar
A fazer comidinha, a cuidar das bonecas
Não pensem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a cuidar de mim e dos outros
Um dia, posso vir a ser mãe ou pai.


Quando me virem coberto de tinta
Ou a pintar, ou a esculpir e a moldar barro
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a expressar-me e a criar
Um dia, posso vir a ser artista ou inventor.

Quando me virem sentado
A ler para uma plateia imaginária
Não riam e achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a comunicar e a interpretar
Um dia, posso vir a ser professor ou actor.

Quando me virem à procura de insectos no mato
Ou a encher os meus bolsos com bugigangas
Não achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a prestar atenção e a explorar
Um dia, posso vir a ser cientista.

Quando me virem mergulhado num puzzle
Ou nalgum jogo da escola
Não pensem que perco tempo a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a resolver problemas e a concentrar-me
Um dia posso vir a ser empresário.

Quando me virem a cozinhar e a provar comida
Não achem, porque estou a gostar, que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a seguir as instruções e a descobrir as diferenças
Um dia, posso vir a ser Chefe.

Quando me virem a pular, a saltar a correr e a movimentar-me
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender como funciona o meu corpo
Um dia posso vir a ser médico, enfermeiro ou atleta.

Quando me perguntarem o que fiz hoje na escola
E eu disser que brinquei
Não me entendam mal
Porque a brincar, estou a aprender.
A aprender a trabalhar com prazer e eficiência
Estou a preparar-me para o futuro.
Hoje, sou criança e o meu trabalho é brincar.
 

Anita Wadley



terça-feira, 16 de agosto de 2011

Educação


EDUCAÇÃO
A educação, para os clássicos como Durkheim, expressa uma doutrina pedagógica, que se apoia na concepção do homem e sociedade. O processo educacional emerge através da família, igreja, escola e comunidade.
DEWEY, refere que “A educação não é preparação nem conformidade. Educação é vida, é viver, é desenvolver, é crescer (1971:29).
Mas consensualmente, não há educação sem educadores, sejam eles pais, professores ou outros agentes educativos.
Paulo Freire mostra a necessidade da responsabilidade, do conhecimento e da generosidade do educador para que tenha competência, autoridade e liberdade. Defende a necessidade de exercermos a nossa autoridade docente com a segurança fundada na competência profissional, aliada à generosidade. Ensinar exige compromisso, sendo necessário que o nosso discurso seja coerente com as nossas acções. Para ele, a Pedagogia deve estar centrada em experiências estimuladoras da decisão, da responsabilidade, ou seja, em experiências respeitosas da liberdade. Liberdade e autoridade em que a liberdade deve ser vivida em plenitude com a autoridade.
Como é fácil perceber, a prática educativa não é tão simples quanto parece. Educar requer muita dedicação. É como Freire diz: “Educar não pode tudo, mas pode alguma coisa”. Se o educador realmente o quiser pode alguma coisa, ou até muito mais.
O educador não pode esquecer que vivemos num mundo bastante heterogéneo, em que é necessário muita sensibilidade para podermos compreender as necessidades dos outros. E se não estivermos dispostos a compreender, de nada valerá o ensinamento dos conteúdos. Educar é preparar pessoas para o mundo, educar é formar cidadãos.
Neste contexto, saliento a necessidade de uma reflexão crítica sobre a prática educativa. Sem essa reflexão, a teoria pode ir virando apenas discurso, e a prática fica alienada. Para chegar ao conhecimento, educadores e educandos precisam de estímulos que despertem a curiosidade e consequentemente a busca. Mas a curiosidade de um não pode inibir a do outro, devem ser complementares.
Ensinar exige a convicção de que a mudança é possível, pois a história deve ser vista como uma possibilidade e não uma determinação. Mas para cobrar e lutar ideologicamente por mudanças e respeito profissional, o educador não pode ver a prática educativa como algo sem importância

EDUCAÇÃO DE ADULTOS

Realmente, a educação de adultos, virou um pouco educação popular, cresceu muito, tornando-se mais abrangente e, hoje em dia é impossível falar de educação sem referir este nível. Mas já diz a cultura popular” Que nunca é tarde para aprender”.
 Os conteúdos a serem ensinados não podem ser estranhos ao quotidiano dos educandos, mas fundamentalmente, o papel principal tem de estar centrado neles próprios, tendo estes que assumirem-se como sujeitos em busca de, e não como a pura incidência da acção do educador, ou seja, são sujeitos inacabados, à procura de realização.