terça-feira, 29 de novembro de 2011

Para uma reflexão sobre competências em Educação Pré-Escolar


 

A Educação de Infância tem vindo a ser progressivamente considerada a etapa inicial de educação básica. As razões que têm levado os países a actuar na base desse pressuposto derivam dos dados provenientes da investigação (que confirmam a vantagem educativa para as crianças da frequência de educação Pré-Escolar) e das características das sociedades desenvolvidas (urbanizadas, massificadas, informatizadas, mediatizadas, globalizadas e multiculturais) que tornam as famílias cada vez mais desprotegidas, impreparadas e indisponíveis para uma educação completa das crianças.

A frequência de um contexto formal tem-se tornado, assim, indispensável para proporcionar às crianças vivências alargadas, relevantes e adequadas que contribuam para a preparação para uma vida cujas características já experimentaram através da família e dos media.

Educar para uma acumulação de conhecimentos deixou de ser a grande finalidade da educação, apontando-se antes para a necessidade de proporcionar a cada indivíduo as condições que lhe permitam aproveitar e utilizar, do berço até ao fim da vida, todas as oportunidades que se lhe oferecem no sentido de actualizar, aprofundar e enriquecer os seus primeiros conhecimentos e de se adaptar a um mundo em permanente mudança.

Trabalhar de forma qualitativamente superior em educação de infância pressupõe que o educador seja capaz de responder adequadamente não só à diversidade das infâncias, observável nos diferentes contextos educativos, mas também que o educador seja um profundo conhecedor das áreas de conteúdos que aborda e que utilize estratégias de documentação e avaliação que fundamentem o desenvolvimento do currículo, os
processos de ensino e de aprendizagem.

Actualmente, assiste-se no nosso país, à semelhança do que acontece internacionalmente, a uma preocupação com a avaliação e o desenvolvimento do currículo na Educação Pré-Escolar, sobretudo procurando formas de regulação do sistema

A Educação de infância tem, contudo, especificidades às quais não se adequam todas as práticas e formas avaliativas utilizadas tradicionalmente noutros níveis de ensino. Por outro lado, nesse contexto, assiste-se também a uma mudança ao nível dos papéis normalmente desempenhados no processo de avaliação: os educadores de infância tendem a envolver-se de forma mais intencional porque os resultados da avaliação lhes permite conhecer melhor as crianças e avaliar o seu próprio trabalho promovendo o seu crescimento profissional e são, ainda, úteis para suportar a continuidade do processo educativo; as crianças deixam de ter um papel passivo assumindo um papel mais activo e podem descobrir que os seus esforços são valorizados e os pais deixam de ser receptores passivos dos resultados de avaliação e passam a colaborar em todo o processo.

Podem contribuir com os seus conhecimentos sobre a criança e na elaboração de registos ao longo de toda a experiência educacional.

“Os pais não podem apenas ser vistos como receptores dos resultados da avaliação mas também como participantes de forma colaborativa no processo” (Zabalza, 2000).

Conhecer os objectivos e os projectos educativos e pedagógico, ter informações sobre o que está a acontecer e o que os seus filhos experienciam e colaborar no processo de avaliação facilita a compreensão e a valorização da componente educativa do jardim de infância e promove a confiança dos pais no profissional de educação de infância e na Educação em geral.

Conhecimento do Mundo



 
“Os seres humanos desenvolvem-se e aprendem em interacção com o mundo que os rodeia. A criança quando inicia a educação pré-escolar já sabe muitas coisas sobre o “mundo”, já construiu algumas ideias sobre as relações com os outros, o mundo natural e construído pelo homem, como se usam e manipulam os objectos.
(…) Enraíza-se na curiosidade natural da criança e no seu desejo de saber e compreender porquê. Curiosidade que é fomentada e alargada na educação pré-escolar através de oportunidades de contactar com novas situações simultaneamente ocasiões de descoberta e de exploração do mundo.” (Orientações Curriculares, 1997, pág. 19)
Nesta área é inevitável a abordagem às ciências, desde geografia, geologia, a física, meteorologia ou até mesmo história. Constrói ideias prévias sobre as relações com os outros: sobre o mundo natural e construído pelo homem; sobre como se usam e manipulam os objectos (desenvolvimento do ser humano no mundo). A sensibilização às ciências deve partir dos interesses da criança, do seu desejo de saber mais: interrogação sobre a realidade, colocar problemas e procurar soluções (base do Método Científico).
O Jardim-de-infância deve possuir materiais para que a criança explore estas áreas, contudo, caso isso não seja possível, a instituição deve estabelecer boa relação com a comunidade de forma a poder usufruir, por exemplo, dos recursos de escolas próximas.
Esta fase tem uma certa facilidade em ser abordada na medida em que, todas as crianças, enfrentam a fase dos porquês; um desejo natural de saber a razão de tudo à sua volta em que a resposta surge através de oportunidades de contactar com novas situações.
A fantasia das crianças permite-lhe só acesso a “realidades” que não se limitam ao mundo próximo. Tomar como ponto de partida o que as crianças sabem, pressupõe que também esses saberes deverão ter tido em conta e que a educação pré-escolar, bem como outros níveis de ensino, não os poderão ignorar.
Um dos objectivos principais é a tentativa de compreender e dar sentido ao Mundo; partindo da curiosidade e do desejo de saber das crianças: com finalidade de desenvolvimento das ciências, técnicas, artes, desenvolver formas elaboradas do pensamento, e até mesmo, a abertura a novos horizontes.
O educador tem um papel importante na selecção dos assuntos a abordar, bem como na forma como estes se devem desenvolver, sistematizar, registar e avaliar, no entanto, essa selecção deve funcionar também de acordo com a decisão da criança.
O que se pretende é que as crianças absorvam nesta fase é a capacidade de observar, o desejo de experimentar, a curiosidade de saber e a atitude crítica.
Bibliografia
Ministério da Educação, Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar, 1997

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Actividades de Natal

Mais um Natal a chegar... e face aos pedidos que me fizeram aqui estão algumas  actividades interessantes.
Aproveitem.
http://www.mediafire.com/?nkal4xdc90ilg34

domingo, 27 de novembro de 2011

Modelo Educativo de Reggio Emilia


Um modelo educativo consiste numa compilação ou na síntese de várias teorias e enfoques pedagógicos, que orientam os docentes na elaboração dos programas de estudos e na sistematização do processo de ensino e aprendizagem.
Aqui fica uma ajuda para o modelo de Reggio Emilia.
É um trabalho de grupo, inserido na unidade curricular de Metodologia Didáctica Geral e Especifica  da escola Superior Jean Piaget/Arcozelo.

http://www.mediafire.com/?i223wym2z5eu3kc



quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O significado e a importância do desenho infantil!




A arte infantil acontece, devido a um conjunto de circunstâncias naturais e sociais que se repercutem nas crianças, ao longo do seu desenvolvimento, tanto a nível motor como cognitivo.

A arte infantil como forma de expressão e comunicação é um conceito de arte, cuja definição a considera como forma de pensamento e não como manifestação dos estados emocionais/afectivos da criança.

Os desenhos das crianças partem de impulsos espontâneos, que excluem a premeditação, respondem aos imperativos do seu nível do estado de desenvolvimento, não têm estilo são um jogo entre símbolos e imagens.

Os desenhos infantis são considerados signos e esquemas concretos onde a criança procura dar significado. Deste modo, a expressão artística da criança, de modo consciente ou inconsciente é uma forma de comunicação, visto que por vezes, transmite a mensagem da criança, ou seja, aquilo que está a pensar e que quer dizer , mas não consegue.

Assim, a linguagem através do desenho é uma actividade importante, por isso, todos os educadores que trabalham com crianças dos dezoito meses aos seis anos devem ser capazes de compreender aquilo que as crianças querem transmitir com o desenho.





Fases do desenho segundo Piaget:

Fonte: Descoberta de um universo: a evolução do desenho infantil, de Thereza Bordoni

Garatuja: na fase sensório motora ( 0 a 2 anos) e parte da pré-operacional (2 a 7 anos). A criança demonstra extremo prazer e a figura humana é inexistente. A cor tem um papel secundário, aparecendo o interesse pelo contraste. Pode ser dividida em:

Desordenada: movimentos amplos e desordenados. Ainda é um exercício. Não há preocupação com a preservação dos traços, sendo cobertos com novos rabiscos várias vezes.



Ordenada: movimentos longitudinais e circulares; coordenação óculo-motora. Figura humana de forma imaginária, exploração do traçado; interesse pelas formas.

Nessa fase a criança diz o que vai desenhar, mas não existe relação fixa entre o objeto e a sua representação. Por isso ela pode dizer que uma linha é uma árvore, e antes de terminar o desenho, dizer que é um cachorro correndo.

Pré- Esquematismo: fase pré-operatória, descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. Os elementos são dispersos e não relacionados entre si. O uso das cores não tem relação com a realidade, depende do interesse emocional.





domingo, 6 de novembro de 2011

A importância da tecnologia na educação .




Parte superior do formulário

A importância da tecnologia na educação constata-se como sendo um recurso presente no dia-a- dia do indivíduo e que a cada momento está a evoluir de forma rápida, trazendo vários benefícios para a sua vida ao mesmo tempo que questiona a escola da forma como tem assimilado essa evolução tecnológica.
A escola tem como dever preparar os seus alunos para o uso do computador como ferramenta importante na construção dos seus conhecimentos, sendo que essa preparação traz benefícios na própria estrutura da aula, podendo em alguns momentos substituir o livro didáctico por um site e actividades que despertam uma aprendizagem mais significativa. O professor não perde a sua função na vida do aluno, torna-se um melhor mediador do conhecimento,
o ensino torna-se mais atractivo e interessante para o aluno. Mas é preciso que os professores fiquem atentos para essas mudanças procurando aprimorar os seus conhecimentos para fazer um uso significativo dessa ferramenta. Enfim a tecnologia é um recurso valioso nas nossas vidas.

Parte inferior do formulário

Experiências científicas na Educação Infanti


Ontem, tive um seminário com a Prof. Ágata com experiencias muito interessantes, que me fez pensar sobre a importância das mesmas nos Jardins de Infância.
Realmente,  o ensino de Ciências também acontece nos jardins de Infância e dá-se principalmente na realização de experiências científicas de fácil manuseio!
Já fiz várias experiências com meus alunos com o objectivo de  estimular a elaboração de hipóteses, desenvolver e estimular a curiosidade.
Ao iniciar qualquer experiência científica, pergunto às crianças o que elas acham que vai acontecer e anoto as observações feitas. Depois comparo a experiência e os resultados. É incrível como muitas vezes as crianças já sabem o que vai acontecer. O valor de fazer a experiência é validar e quantificar o que muitos deles já observaram. Após o término da experiência fazemos a revisão do que foi escrito  para mostrar o que aprenderam; Também peço que ilustrem o que aprenderam com um registo pessoal. Os conceitos podem ser complexos mas os exemplos simples estão ao nosso alcance!!
As crianças são curiosas e querem saber como as coisas funcionam!
A Ciência é pura diversão!